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Portugal já tem 17 polos de inovação digital. Seis poderão vir a integrar a Rede Europeia
Ocorreu no passado dia 30 de novembro, em Matosinhos, o evento Inovação na Era Digital, que consistiu na apresentação das Zonas Livres Tecnológicas (ZLT) e dos resultados do concurso para os polos de inovação digital / digital hubs inovation (DHI). Ambas as iniciativas fazem parte do Plano de Ação para a Transição Digital, do Governo Português, aprovado a 21 de abril de 2020.
Pedro Siza Vieira, Ministro do Estado da Economia e da Transição Digital, participou no evento, indicando que as ZLT e os DHI permitirão ao país apostar na inovação, através da colaboração entre empresas, instituições do sistema científico e tecnológico e redes de incubadoras, criando polos de cooperação ao serviço do tecido empresarial e na formação de recursos humanos qualificados. E referiu que este se trata de um passo importante para permitir que Portugal concorra ao nível internacional através da diferenciação e da inovação tecnológica. Referiu também a importância da participação das autarquias e dos reguladores sectoriais nestes projetos.
Especificamente sobre os DHI, foram selecionados 17 dos 30 consórcios inicialmente propostos a concurso.
Os 17 DHI selecionados incluem cerca de 230 entidades de diversos setores relevantes da atividade económica, como são a indústria, a saúde, a agricultura, a economia do mar, a administração pública, a defesa, o setor automóvel e outros mais. O financiamento das DHI passará pelo Plano de Recuperação e Resiliência.
Segundo Marta Lima Basto, subdiretora da Direção-Geral das Atividades Económicas, apenas 3 a 6 dos polos ao nível nacional poderão vir a integrar a Rede Europeia de DHI, números que foram definidos pela Comissão Europeia (CE). Para Pedro Siza Vieira, o objetivo de permitir o atual número de polos nacionais (17), superior àquele que será aceite na Rede Europeia, é o de conseguir levar a todo o país a capacidade de inovação.
O que são polos de inovação digital (DHI)?
“São redes colaborativas que incluem centros de competências digitais específicas, com o objetivo de disseminação e adoção de tecnologias digitais avançadas por parte das empresas, em especial PME, por via do desenvolvimento, teste e experimentação dessas mesmas tecnologias.”
Fonte: IAPMEI
A Rede Europeia de DHI incluirá até 100 a 200 polos e entre os critérios de seleção inclui-se o valor acrescentado que cada polo trará ao nível europeu. A primeira fase das candidaturas à rede europeia ocorre até ao dia 22 de fevereiro de 2022. O financiamento será feito pelo Programa Europa Digital em parceria com os Estados Membros, num investimento de meio milhão a 1 milhão de euros por DHI, durante os 7 anos de duração do programa.
O evento contou ainda com uma mesa redonda dedicada ao “Desafio da Inovação”, tendo participado representantes da Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC), da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT), da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) e da sociedade de advogados Vieira de Almeida.
A última sessão foi dedicada à apresentação de alguns dos projetos.
O encerramento do evento foi efetuado por André de Aragão Azevedo, Secretário de Estado para a Transição Digital, que realçou que com a apresentação das ZLT e dos DHI, a adicionar à tarifa social de Internet (finalmente regulamentada e que entrará em vigor em 2 em janeiro de 2022), foram dados passos significativos no programa para a transição digital definido para Portugal.
O evento foi promovido pela ANI – Agência Nacional de Inovação, pela IAPMEI – Agência para a Competitividade e Inovação, pela DGAE – Direção Geral das Atividades Económicas e pela Estrutura de Missão Portugal Digital.
O vídeo do evento já está disponível na página do youtube da Agência Nacional de Inovação (ANI).
E ainda….
… se o tema das Zonas Livres Tecnológicas lhe interessa, saiba mais na página do Portal 5G dedicada a este tema.