
O 5G representará seguramente um ponto de viragem na evolução das cidades inteligentes, decorrente do aproveitamento efetivo das oportunidades oferecidas pela conectividade de muito alto débito, baixa latência, maior duração da bateria dos equipamentos e capacidade de tratamento de um volume maciço de comunicações.
Como destaques dessa evolução esperada, sobressaem nomeadamente:
- a segurança pública – recorrendo-se à vídeovigilância, conjugada com software biométrico (em particular de reconhecimento facial) e inteligência artificial, visando identificar antecipadamente situações perigosas e detetar mais rapidamente acidentes de automóvel e ataques terroristas,
- os transportes – a adoção de soluções inovadoras, associadas a veículos de condução automática, entre outros, diminuindo os acidentes entre transportes mas também com peões,
- os sectores da energia e da água, nomeadamente com a gestão inteligente da iluminação pública, recorrendo-se a sondas sensíveis ao movimento ou, no caso da água, através da telemetria dos contadores de água, sendo ambas medidas sustentáveis,
- a integração social – o 5G facilitará e dinamizará soluções como a oferta de óculos inteligentes a cegos, para que estes possam percorrer melhor instalações como aeroportos ou o controlo, por parte de deficientes motores, de robots que servem à mesa em restaurantes (exemplos já atualmente existentes nos EUA e no Japão, respetivamente),
- a cultura e o turismo, com a possibilidade de utilizar a realidade virtual e aumentada para apresentar a cidade de formas mais inovadoras, permitindo outras formas de conhecer e olhar para a cidade, que, de outra forma, não seriam possíveis.

Apesar de algumas destas funcionalidades já serem possíveis com o 4G, a sua implementação de forma alargada está dependente da tecnologia 5G.