As redes de última geração permitiram à multinacional instalar sensores IoT, que detetam com antecedência paragens não planeadas das máquinas. A solução identifica também as causas das anomalias e as oportunidades de melhoria nas linhas de produção.
Antecipar falhas e paragens nas linhas de produção, bem como identificar as principais causas das anomalias são os mais recentes recursos que a Recipharm, multinacional farmacêutica sueca, dispõe na sua fábrica de Queluz. O sistema, desenvolvido pelo operador NOS, recorre a uma rede privada 5G para criar um modelo de manutenção preditiva capaz de aumentar a produção, com ganhos na eficiência que poderão chegar aos 30%.
O sistema inteligente 5G está suportado numa rede de sensores IoT, instalada ao longo de 19 linhas de produção, que recolhe dados em tempo real. A informação analisada inclui vários parâmetros de medição traduzidos em indicadores, mostrados em painéis online, disponíveis em quiosques digitais.
O 5G permitiu criar uma rede móvel dedicada de alta velocidade e baixa latência, sem necessidade de alterar o layout da fábrica para registar e analisar a informação com maior segurança e resiliência de conectividade. O intuito passa por monitorizar em tempo real todos os processos de embalagem, evitando paralisações e permitindo que se possa atingir os objetivos operacionais de produção previamente estabelecidos.
A solução adotada pela unidade fabril permite digitalizar os processos industriais, podendo agora detetar o tempo de paragens não planeadas, registar os principais motivos das anomalias e ainda identificar oportunidades de melhoria de uma forma automática e imediata.
A otimização dos processos industriais incide essencialmente em três indicadores-chave: a disponibilidade, com a redução do tempo de paragem não programado das máquinas; o desempenho, com um maior número de produtos fabricado por hora; e, por fim, a qualidade da linha de produção, reduzindo os artigos que não estão em conformidade com o padrão definido.
As unidades de Queluz, de Odivelas e de Oeiras são as três instalações localizadas em Portugal, entre dezenas que a multinacional tem espalhadas pela Europa e pelo mundo. As fábricas portuguesas destinam-se a produzir medicamentos líquidos, semissólidos e sólidos, incluindo comprimidos efervescentes, e ainda produtos veterinários e dispositivos médicos.
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Crédito das imagens: NOS