Os desafios urbanos só serão ultrapassados com serviços de alta qualidade implementados pelos operadores de redes móveis e geridos pelas autarquias, defende Manuel Ramalho Eanes, Administrador Executivo da NOS, enfatizando a importância da conectividade 5G na gestão dos municípios.
Serviços públicos suportados na latência ultrabaixa, maior conectividade e maior velocidade da tenologia 5G é um caminho “já com provas dadas” para ultrapassar os grandes desafios dos meios urbanos, como a gestão do trânsito, a recolha dos resíduos urbanos, a implementação da iluminação ou da rega inteligente. Mas recorrer a soluções de quinta geração para criar cidades eficientes e neutras em carbono implicam um grande compromisso entre autarquias e operadores para que as respostas possam ganhar escala.
Essa é a convicção do Administrador Executivo da NOS que, em entrevista à plataforma Smart Cities, recordou alguns dos casos pioneiros de gestão urbana inteligente implementados em concelhos como Albufeira, Seixal, Águeda ou Lagoa. “Os resultados que temos visto têm sido muito interessantes ao nível, muitas vezes, da gestão dos próprios municípios, porque poder trabalhar com informação de qualidade, em tempo-real, ajuda muito na tomada de boas decisões e a tornar os investimentos mais produtivos”, salientou Manuel Ramalho Eanes.
Essas boas decisões passam, sobretudo, por utilizar os melhores recursos disponíveis para melhorar a qualidade de vida das populações, explica o responsável do operador de redes móveis, recordando a parceria mais recente entre a NOS e o município do Barreiro para monitorizar a mobilidade urbana e tornar mais eficiente a gestão de biorresíduos: “Estamos a mostrar como é que se podem endereçar problemas imediatos – redução de trânsito, [problemas] de segurança das pessoas – e como é que se pode planear o futuro para a cidade ser mais amiga das pessoas.”
O projeto, que uniu o operador e a Câmara Municipal do Barreiro, é um dos modelos apontados pelo gestor da NOS como um exemplo de sinergia entre quem conhece a realidade de uma cidade e quem domina a tecnologia. Mas, apesar das “boas experiências” com vários municípios, a cooperação com as autarquias ainda é “o maior desafio” a ultrapassar para que os projetos andem “mais depressa”, adverte Manuel Ramalho Eanes.
Tão importante como a fase inicial de um projeto – adverte – é conseguir retirar “todo o valor” da tecnologia – para gerar um verdadeiro impacto junto da população. Ora tal só poderá acontecer se, por um lado, a sua implementação for “bem trabalhada em conjunto” e, por outro, o município, no final deste processo, adote como sua a solução implementada no terreno, conclui o responsável.
Leia a entrevista completa no website da Smart Cities.