O operador de redes móveis, que adquiriu espectro no leilão 5G, revelou que, na fase inicial, a cobertura beneficiará primeiramente os grandes centros urbanos, como Lisboa e Porto, antes de se estender a todo o território nacional. O grupo de telecomunicações romeno quer também lançar, até inícios de 2023, ofertas em fibra ótica.

O grupo de telecomunicações romeno Digi Communications pretende iniciar a construção da rede móvel 5G em Portugal já em junho, planeando também lançar ofertas em fibra ótica no mercado nacional. A decisão foi tornada pública pelo jornal económico online ECO. A cobertura de redes móveis, por parte deste operador, pretende chegar a todo o país, mas, na fase inicial, serão os grandes centros urbanos, como Lisboa e Porto, a serem primeiramente beneficiados com a operação.

A implementação da fibra ótica, por seu turno, estará dependente de acordos e atacados com fornecedores externos, mas a empresa espera que os serviços de banda larga móvel e fixa possam ser inaugurados no início de 2023. “A Digi Portugal encontra-se a trabalhar no sentido de investir em redes de alta velocidade, nova geração e tecnologia de ponta, que permitam entregar os serviços mais modernos e com elevados padrões de qualidade aos consumidores portugueses”, explicou fonte do grupo ao jornal ECO, dando ainda conta que se apresentará ao mercado nacional com a marca Digi Portugal para anunciar os planos comerciais à medida que os projetos em curso forem progredindo.

Recorde-se que, a 3 de maio, o operador de telecomunicações romeno alterou o nome oficial de Dixarobil para Digi Communications. Seis meses depois de investir 67,3 milhões de euros na aquisição de espetro nas bandas de 900 MHz, 1800 MHz, 2,6 GHz e 3,6 GHz, a Digi revelou, finalmente, os primeiros planos para o mercado português. Ainda segundo o jornal económico online, o grupo quer assumir-se junto dos consumidores portugueses como um “operador integral” e uma alternativa mais acessível aos pacotes dos operadores já implementados no mercado português. A estratégia – esclarece a empresa – acompanhará a mesma linha que tem sido adotada em Espanha, onde já oferece serviços móveis e fibra ótica.

A meta, em Portugal, é chegar ao segundo semestre com todos os preparativos concluídos, para ser possível iniciar a venda de serviços fixos no início do próximo ano. O intuito passa por aproveitar o roaming nacional para ser possível explorar condutas e antenas dos outros operadores, possibilidade que lhe foi conferida pela ANACOM no leilão 5G, por ser estreante no país.

Recorde-se que após concluir a fase de licitação principal do leilão, em finais de outubro de 2021, a ANACOM atribuiu os direitos de utilização de frequências para a exploração de redes móveis de quinta geração a seis operadores – NOS, Dense Air, Dixarobil (Digi Communications), MEO, NOWO e Vodafone.