Estão a decorrer os prazos para solicitar a instalação de estações de base 5G aos operadores NOS, MEO e Vodafone. A Autoridade Nacional de Comunicações aproveitou o momento para lançar uma campanha que visa informar sobre as datas e os benefícios que estas infraestruturas podem trazer para entidades como hospitais, estabelecimentos de ensino superior, instituições militares ou gestoras de parques empresariais ou industriais.
Hospitais e centros de saúde, universidades e estabelecimentos de ensino superior ou ainda outras instituições científicas e tecnológicas são algumas das organizações que podem solicitar a instalação de estações de base macro e outdoor small cells. O pedido poderá partir também de outras entidades como os portos e aeroportos, as instituições militares e os gestores ou promotores de parques industriais, empresariais ou de áreas de localização empresarial.
A possibilidade está prevista no Regulamento do leilão 5G, que determina a obrigatoriedade dos operadores, que adquiriram pelo menos 50 MHz na faixa dos 3,6 GHz, de instalar estações 5G quando qualquer uma destas entidades solicitar. A MEO, a NOS e a Vodafone são, como tal, as três empresas de telecomunicações a quem as organizações têm de se dirigir para iniciar este processo.
Aproveitando que os prazos estão a decorrer, a ANACOM lançou recentemente uma campanha informativa, dando conta das datas-limite para pedir a instalação destas infraestruturas, explicando o que as caracteriza e enumerando algumas das suas principais vantagens.
Recorrendo a diferentes suportes de divulgação, como um folheto, um vídeo e um podcast, a Autoridade Nacional de Comunicações relembra, desde logo, os prazos para as entidades fazerem o pedido aos operadores:
A campanha tem ainda uma componente pedagógica, procurando simplificar alguns conceitos para quem não está ainda familiarizado com as características técnicas associadas ao 5G. Será, por isso, útil explicar que as redes móveis de quinta geração funcionam com vários tipos de estações base, instaladas, por exemplo, em torres e postes ou em edifícios. A área de cobertura de cada estação denomina-se “célula” e pode apresentar várias dimensões – macro, micro e pico.
Ao optar por estações de base macro, as entidades ganham uma maior área de cobertura. As small cells (micro e pico células) reduzem a área de cobertura, mas, em contrapartida, permitem velocidades mais elevadas. A pergunta que agora se coloca é saber o que ganham estas entidades com a instalação de estações de base. Maior conectividade 5G, uma rede otimizada de acordo com as necessidades de cada organização ou melhores coberturas são as vantagens imediatamente identificadas na campanha da ANACOM.
Estamos também perante infraestruturas que possibilitam reforçar ou colmatar a falta de rede móvel, para além das vantagens que a própria rede 5G permite: enviar grandes volumes de dados com maior rapidez, uma comunicação máquina-a-máquina massiva e comunicações ultra-fiáveis, com latência muito baixa.
Ao terem acesso a todas as potencialidades do 5G, as organizações poderão beneficiar do desenvolvimento de soluções tecnológicas, aplicações e serviços inovadores. Uma outra grande vantagem passa também por a rede de quinta geração viabilizar um maior número de dispositivos ligados em simultâneo e ainda um volume de dados transmitidos até mil vezes superior aos padrões atuais.
Um hospital, por exemplo, poderá realizar cirurgias remotas com equipas médicas a serem virtualmente assistidas por colegas a centenas ou milhares de quilómetros de distância. Os estabelecimentos de ensino poderão recorrer a tecnologias de Realidade Virtual e Aumentada para inaugurar abordagens futuristas nas salas de aulas, com experiências imersivas, realistas e interativas. Os portos poderão introduzir tecnologias de visão computacional na automatização dos seus processos de entrada e saída de mercadorias. São apenas três casos de como as comunicações móveis de quinta geração abrem a porta à modernização tecnológica e à digitalização das infraestruturas nos mais variados domínios.
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▪▫▪ Para saber mais consulte o website da ANACOM, onde se encontra disponível o folheto informativo, o vídeo e o podcast da campanha. Poderá também obter mais informação ao ligar para o número grátis 800 206 665.