No Dia Mundial das Redes Sociais, que se assinala esta quinta-feira (30 de junho), o Portal 5G relembra as notícias falsas que ensombraram o arranque das redes de quinta geração na Europa, nos EUA ou na Austrália. O Facebook, o WhatsApp, o Instagram ou o TickTok são as maiores plataformas de partilha de conteúdos digitais, mas também implicam riscos a serem combatidos com educação e sensibilização.
Há 12 anos, o website americano Mashable instituiu a data de 30 de junho como o Dia Mundial das Redes Sociais. O anúncio teve adesão internacional imediata, embora, em 2010, poucos desconfiassem que, com a popularidade das novas ferramentas digitais, viriam também as fake news. A expressão, traduzida para português como notícias falsas, entrou definitivamente no nosso vocabulário a partir de 2016 com a corrida presidencial, nos Estados Unidos, entre a candidata democrata, Hillary Clinton, e o republicano Donald Trump.
As redes sociais mudaram radicalmente os hábitos de consumo de notícias, sobretudo dos jovens, que atualmente – e, segundo o Reuters Institute Digital News Report 2022 -, veem nelas a sua principal janela para entender o mundo. Os conteúdos digitais circulam não só no Facebook, como no WhatsApp, no Twitter ou no TickTok sem mediação e a um ritmo muito mais veloz do que a televisão, a rádio, a imprensa e os próprios jornais online.
As fake news instalaram-se nas redes sociais, o habitat perfeito para se tornarem virais. As comunicações de quinta geração não ficaram imunes a esse fenómeno. Estão, aliás, entre os melhores exemplos de como as falsas notícias atingem os seus alvos com uma eficiência que só mesmo a latência e a velocidade do 5G poderiam ultrapassar.
Antenas que transmitem a covid-19, chips introduzidos durante a vacinação contra o SARS-COV-2, visando controlar pessoas a partir de antenas 5G, radiações vindas das tecnologias de última geração que enfraquecem o sistema imunitário, espalham o vírus ou matam os animais. Tudo isso já circulou nas redes sociais, obrigando a comunidade científica e os governos a mobilizarem-se para desmentir notícias deliberadamente enganadoras que se alastraram como derrames de crude em alto-mar.
O 5G foi um terreno fértil para as fake news ou, pelo menos, um dos temas que mais depressa se disseminou nas redes sociais, arrastando consigo desinformação, medo e protestos que irromperam pela Europa, Estados Unidos, ou Austrália. O contexto ajuda a explicar em parte o motivo pelo qual os enganos se propagaram como uma vertiginosa onda. O arranque das redes de quinta geração, nos continentes europeu, asiático e americano, coincidiu com o auge da pandemia. A covid-19 confinou o mundo em casa que, perante um vírus ainda totalmente desconhecido, se refugiou nas redes sociais para escapar ao isolamento.
Hoje, boa parte desses receios está ultrapassada com estudos e campanhas de sensibilização que procuraram combater mitos à volta das redes de quinta geração. Mas não se pode deixar cair este fenómeno no esquecimento. As fake news sobre o 5G, tal como sobre outros temas ligados à política ou à saúde, mostraram como as redes sociais interferiram nas crenças e valores das sociedades digitalizadas.
Do ponto de vista da evolução histórica, a Internet é uma dimensão recente nas nossas vidas. Estamos ainda a aprender a usá-la. A educação e a responsabilidade individual e coletiva são os meios reconhecidamente consensuais para lidar com a informação e a desinformação a coexistir lado a lado nas redes sociais, afetando a reputação de pessoas, instituições ou empresas.
Nem a propósito, o Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS) tem, neste momento, a decorrer o curso online “Cidadão Ciberinformado”. São apenas três horas de formação gratuita em que se poderá compreender a importância de combater as fake news e como fazê-lo. A inscrição pode ser feita no website do CNCS.
Se tem ainda dúvidas sobre os impactos do 5G na Saúde ou no Ambiente, consulte no Portal 5G o tema Campos Eletromagnéticos.